Antropofisiologia Vocal

Metodologia exclusiva de ensino no Canto Contemporâneo

A Antropofisiologia Vocal nasce de um processo sistemático de revisão e aprofundamento teórico-prático do modus operandis da pedagogia vocal contemporânea, onde três fatores se entrelaçam fundamentalmente para uma compreensão mais profunda e ampla do processo de constituição e desenvolvimento da voz humana nos mais diversos contextos. Referimo-nos aos avanços tecnológicos entrelaçados com estudos de fisiologia e biomecânica aplicados à produção da voz; e estes umbilicalmente entrelaçados com os estudos antropológicos da voz.

E aqui destacamos o protagonismo dos estudos antropológicos da voz, constituindo-se como um legítimo “fio condutor” das pesquisas modernas sobre a voz cantada. Em outras palavras, o plano antropológico se sobrepõe ao plano meramente fisiológico. 

Com efeito, tais avanços científicos resultaram no desenvolvimento de novas ferramentas didáticas para o ensino do canto visando uma maior plasticidade técnico-fisiológica (e essa plasticidade técnico-fisiológica se materializando em uma extensão estético-vocal necessária para satisfazer as inúmeras demandas do canto contemporâneo); e, por fim, esses avanços também implicaram na necessidade de um constante aprimoramento da capacidade de raciocínio técnico-fisiológico dos professores de canto e demais profissionais que atuam com a voz profissional cantada.

E tudo isso significa dizer que o trabalho da pedagogia vocal contemporânea, em nossa opinião, é oferecer aos cantores um processo seguro de ampliação de suas possibilidades técnico-fisiológico-estéticas, para que possam desenvolver suas identidades vocais na direção que desejarem, sem limitações de qualquer natureza. Noutras palavras, trata-se de promover uma verdadeira adaptação fisiológica e biomecânica, superando assim visões mais deterministas sobre a voz e suas possibilidades. Nesse sentido, cabe destacar algumas possíveis contribuições da Antropofisiologia Vocal para a pedagogia vocal contemporânea:

(1) a problematização e superação da dicotomia “voz natural” versus “voz não-natural”, por meio de estudos e verificações antropológicas;

(2) a problematização e superação da dicotomia “técnica vocal” versus “estética vocal”, esclarecendo o fenômeno do “cruzamento técnico-estético-vocal”, destacando justamente o fato de que o plano antropológico se sobrepõe ao plano meramente fisiológico;

(3) a problematização e superação da dicotomia “canto e técnica vocal com seus modelos empíricos engessados” versus “ciências da voz com seus modelos teóricos de aplicabilidade restrita”, ressaltando a importância fundamental de se ter uma ciência vocal aplicada comprometida com a dinâmica do próprio fenômeno do “cantar”, retroalimentando uma pedagogia vocal mais dinâmica, cientificamente comprometida e sustentada;

(4) a decodificação e correlação dos fenômenos antropológico-vocais (isto é, dos arranjos musculares que permeiam as mais diversas possibilidades plásticas da voz humana no seu dia-a-dia) com os fenômenos anatomofisiológicos e biomecânicos subjacentes;

(5) e, por fim, produção e sistematização de conhecimentos técnico-vocais interdisciplinares, possibilitando o desenvolvimento seguro de metodologias de ensino em voz profissional cantada, promovendo a plasticidade estético-vocal humana. Em suma, a Antropofisiologia Vocal é um campo de estudo e intervenção na voz profissional do canto, fruto da unificação do conhecimento produzido interdisciplinarmente pelas Ciências da Voz, desdobrando-se em um corpo teórico-metodológico sistemático e cientificamente fundamentado, legitimando e tornando Canto Contemporâneo viável, em todas as suas vertentes e exigências técnico-fisiológico-estéticas. 

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